A vida apresenta tantos porquês...
E a gramática reduz a quatro porquês.
Existe porque junto
Quando me entrelaço a você.
É porque sem acento
Porque somos dois em um.
Há por que separado
Quando divergimos,
É por que sem acento
Pois as diferenças afloram.
Mas há porquê junto
Quando tentamos entender
É porquê com acento
Existem tantas coisas para compreender.
E também existe por quê separado
Difícil de apreender
É por quê com acento
Tentando finalizar, sabe-se o quê.
Nelma Pimenta
Ler é aventurar-se a terras alheias... E nessa viagem, nunca estamos sós. A leitura é a possibilidade do encontro, ora harmonioso, ora frustrante entre um leitor e seu autor. Creio que o prazer da leitura, reside, exatamente aí: somos pegos de supresa a todo momento! E salve, salve, as entrelinhas, a fim de suscitar o poder instigador de cada leitor.
terça-feira, 28 de abril de 2009
Momentos...
Há momentos na vida tão bons...
Sentir o cheiro de terra molhada...
Tomar um banho de chuva...
Estar entre amigos...
Ter um momento para rir e curtir.
Ainda há momentos tão bons...
Como contar uma piada engraçada...
Ouvir uma gostosa gargalhada...
Lembrar de alguns fatos alegres...
Ver que todo dia a vida se renova.
Sim, existem momentos tão bons...
Onde pensamentos viram idéias...
Palavra decide o rumo de uma vida...
Um olhar vira poesia...
Tudo se transforma.
Momentos trazem saudades...
E o humano faz várias viagens...
Imagina se sentir herói...
Ganha asas de uma fênix...
Constrói um coração veloz.
Sentir o cheiro de terra molhada...
Tomar um banho de chuva...
Estar entre amigos...
Ter um momento para rir e curtir.
Ainda há momentos tão bons...
Como contar uma piada engraçada...
Ouvir uma gostosa gargalhada...
Lembrar de alguns fatos alegres...
Ver que todo dia a vida se renova.
Sim, existem momentos tão bons...
Onde pensamentos viram idéias...
Palavra decide o rumo de uma vida...
Um olhar vira poesia...
Tudo se transforma.
Momentos trazem saudades...
E o humano faz várias viagens...
Imagina se sentir herói...
Ganha asas de uma fênix...
Constrói um coração veloz.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
DEVANEIO POÉTICO
Ó de lá!
Trouxe-me notícias?
O longe é tão terno...
(tudo o que é distante é terno,
e entre mim e ti
há tanta distância...
há tanta ternura...)
Envie qualquer coisa
que eu possa agarrar;
um aceno, um cartão-postal,
um beijo, um telefonema.
O correio eletrônico está
mudo...mudo...mudo...
Meus óculos de míope,
sempre em sentido,
auscultam a amplidão.
O carteiro passou aqui
em frente e... nem bom dia.
Quisera que minha voz
ganhasse asa veloz;
cruzasse mar, continente,
levando esse grito urgente
a ti.
Qual o quê!
Minha voz
mais se assemelha a tico-tico
voejando aqui e ali.
- nunca jato da pan-am
ou águia americana.
Tentei sinal de fumaça...
mas quem é que pode
com essa ventania
goitacá?
Ó de lá!
Ó de lá!
Nelma Pimenta.
Nota da Poeta: Devaneio Poético
foi escrito quando estava
no Rio Grande do Sul,
sentindo saudade da Bahia.
Trouxe-me notícias?
O longe é tão terno...
(tudo o que é distante é terno,
e entre mim e ti
há tanta distância...
há tanta ternura...)
Envie qualquer coisa
que eu possa agarrar;
um aceno, um cartão-postal,
um beijo, um telefonema.
O correio eletrônico está
mudo...mudo...mudo...
Meus óculos de míope,
sempre em sentido,
auscultam a amplidão.
O carteiro passou aqui
em frente e... nem bom dia.
Quisera que minha voz
ganhasse asa veloz;
cruzasse mar, continente,
levando esse grito urgente
a ti.
Qual o quê!
Minha voz
mais se assemelha a tico-tico
voejando aqui e ali.
- nunca jato da pan-am
ou águia americana.
Tentei sinal de fumaça...
mas quem é que pode
com essa ventania
goitacá?
Ó de lá!
Ó de lá!
Nelma Pimenta.
Nota da Poeta: Devaneio Poético
foi escrito quando estava
no Rio Grande do Sul,
sentindo saudade da Bahia.
OUTONO NO MEU CORAÇÃO
Retornam as aves aos seus ninhos,depois de um rude verão.
É chegado o outono,
trazendo-nos uma melancólica estação.
O vento derruba as folhas no chão,
e com tal maestria, agita o meu coração.
Que saudades sinto do verão!
Mas, meio encimesmada,
tento adaptar-me à nova estação.
Vejo os grossos pingos da chuva
lavarem o chão.
E com um barulho profundo,
ouço uma entoada canção.
Por hora, não sinto saudade do verão!
A minh`alma está encharcada,
fazendo uma grande toada,
em ritmo de serenata,
a fim de tocar a sua emoção.
Já não sinto mais aquela falta
do rude e longo verão.
N. Pimenta
É chegado o outono,
trazendo-nos uma melancólica estação.
O vento derruba as folhas no chão,
e com tal maestria, agita o meu coração.
Que saudades sinto do verão!
Mas, meio encimesmada,
tento adaptar-me à nova estação.
Vejo os grossos pingos da chuva
lavarem o chão.
E com um barulho profundo,
ouço uma entoada canção.
Por hora, não sinto saudade do verão!
A minh`alma está encharcada,
fazendo uma grande toada,
em ritmo de serenata,
a fim de tocar a sua emoção.
Já não sinto mais aquela falta
do rude e longo verão.
N. Pimenta
FRÊMITO DESEJO
Do nada, sorrateiramente, eis que surge você.
À meia luz da lua,
Fez-me sentir nua
Sob o olhar em que você me despiu.
Tentei esquivar-me desse olhar cálido.
Mas fui traída por um frêmito desejo,
E o coração acelerou, a saliva secou ...
Adentrei numa torrente de emoções.
Você se achegou com reticências.
E recorrendo à magia do momento,
Invadiu as minhas entranhas de mulher.
Vem... Eu já não sou me, porém nós.
Entremeando línguas, mãos, coxas...
Tremo o corpo todo, enquanto me possui.
N. Pimenta
À meia luz da lua,
Fez-me sentir nua
Sob o olhar em que você me despiu.
Tentei esquivar-me desse olhar cálido.
Mas fui traída por um frêmito desejo,
E o coração acelerou, a saliva secou ...
Adentrei numa torrente de emoções.
Você se achegou com reticências.
E recorrendo à magia do momento,
Invadiu as minhas entranhas de mulher.
Vem... Eu já não sou me, porém nós.
Entremeando línguas, mãos, coxas...
Tremo o corpo todo, enquanto me possui.
N. Pimenta
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