terça-feira, 2 de novembro de 2010

EXPECTATIVA

Anjo seja aquele,
Que a seus cabelos afaga.
Cuida para que ele
Nunca traga o beijo
Tão esperado
E a sua boca amarga.

Nelma Pimenta.

SOLIDÃO

Solidão dói...
É tristeza que corrói.

Solidão perturba...
E traz melancolia n'alma.

Ela cega um belo pôr do sol,
Que é ofuscado pela falta de um amor.

Nelma Pimenta

SAUDADE

E as horas custam,
Quando preciso tanto delas...
A saudade me sufoca,
O barulho das ondas me atordoa.

Passa, tempo!
Tempo, passa!
Quero um passatempo,
Que é vê-lo agora.

Nelma Pimenta.

ENCONTRO

Não penso em nada...
Instante vazio,
Noite de muito frio
Sinto apenas a neblina na cara.

Eis que surge você!
Quem é?
Estou por um fio...
Desânimo, cansaço, desesperança...

Vem, abraça-me!
Levanta a minha aura.
Quero ser re-amada,
Re-animada,
Re-inventada.

Frente a frente estamos em silêncio
E depois de um simples afago,
Passo a sentir o "tudo"...
Instante completo
A noite tornou-se quente,
Mas havia agora uma brisa na cara.

Nelma Pimenta

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

APRENDI...

Grandes coisas simples aprendi com você.
Aprendi ora com o seu silêncio, ora com a sua distância.
Você me ensinou que com o amor, aprendemos a reparti-lo, e assim, a vida se amplia e renasce.
Entendi que quando se ama de verdade, ele se recusa a viver só de lembranças, na memória.


Nelma Pimenta Cruz

AUTOCONHECIMENTO

Aprendi que a vida é um ponto, no qual podemos transformá-lo em uma linha, ora reta, ora sinuosa, e, seja qual for o formato, vamos seguindo-a.
Alternadamente, convivemos com altos e baixos, mas aprendendo sempre, seja errando ou acertando.
No viver, experenciamos os mais diversos sabores: excêntricos e raros, doces e provocantes, amargos e ácidos...
E sempre objetivando, um dia, chegarmos a um todo: o autoconhecimento.

Nelma Pimenta Cruz

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

LINDO POEMA!

"Margem

No final da página como no final do mundo antigo há um despenhadeiro...

Embora os que lêem prosa em geral
Se arrisquem mais
Porque chegam quase à beira do abismo
Cuidado ao chegar à borda do poema."

Ana Martins Marques